- Published on
Dados Organizacionais
- Authors
- Name
- Rodrigo Peixoto
1️⃣ Tipos de Dados Corporativos
Os dados corporativos representam o patrimônio intelectual, operacional e estratégico da empresa. Eles podem ser classificados de diferentes formas:
1.1 Dados Confidenciais
Definição: Informações restritas que, se expostas, podem causar danos significativos à empresa.
Exemplos: Planos de negócios, dados de clientes, propriedade intelectual, credenciais de sistemas.
Proteção recomendada: Criptografia forte (AES-256), controle de acesso baseado em função (RBAC), autenticação multifator (MFA).
1.2 Dados Internos
Definição: Informações destinadas ao uso interno, mas que não necessariamente causariam grandes danos se expostas.
Exemplos: Políticas internas, comunicados organizacionais, relatórios de rotina.
Proteção recomendada: Permissões de acesso segmentadas, monitoramento de tráfego interno.
1.3 Dados Públicos
Definição: Informações que podem ser divulgadas livremente.
Exemplos: Conteúdo do site institucional, comunicados à imprensa, materiais de marketing.
Proteção recomendada: Apesar de serem públicos, devem ser protegidos contra adulteração (integridade).
2️⃣ Dados Tradicionais
Os dados tradicionais são normalmente gerados e mantidos por todas as organizações, grandes e pequenas. Ele inclui o seguinte:
- Dados transacionais como detalhes relacionados a compras e vendas, atividades de produção e operações organizacionais básicas, como qualquer informação usada para tomar decisões de trabalho.
- Propriedade intelectual , como patentes, marcas registradas e planos de novos produtos, permite que uma empresa obtenha vantagem econômica sobre seus concorrentes. Essas informações são geralmente consideradas um segredo comercial e perdê-las pode ser desastroso para o futuro de uma empresa.
- Dados financeiros, como declarações de rendimentos, balanços e demonstrações de fluxo de caixa, proporcionam detalhes sobre a saúde da empresa.
3️⃣ A Internet das Coisas (IoT)
A IoT trouxe conectividade para dispositivos antes isolados, como câmeras, sensores, máquinas industriais e até eletrodomésticos.
Vantagens: Automação, monitoramento em tempo real, redução de custos operacionais.
Riscos: Muitos dispositivos IoT têm firmware vulnerável, senhas padrão e ausência de atualização automática.
🔹 Exemplo de ameaça: Um atacante compromete câmeras de segurança IP para espionagem industrial ou como parte de um botnet (como o Mirai).
🔹 Medidas preventivas:
Alterar senhas padrão imediatamente.
Segmentar a rede (VLAN para IoT separada da rede corporativa).
Atualizar firmware regularmente.
Utilizar protocolos seguros (TLS/SSL).
4️⃣ Big Data
O Big Data envolve a coleta, armazenamento e análise de grandes volumes de dados provenientes de diversas fontes.
Origem dos dados: redes sociais, IoT, sistemas corporativos, logs de acesso, registros de transações.
Desafios de segurança:
Maior superfície de ataque devido ao volume e diversidade de fontes.
Necessidade de garantir privacidade ao cruzar dados sensíveis.
🔹 Boas práticas:
Anonimização e pseudonimização de dados pessoais.
Controles de acesso granulares.
Monitoramento contínuo com SIEM (ex.: Splunk, ELK Stack).
5️⃣ O Cubo da Segurança da Informação
O Cubo de McCumber é um modelo para entender e aplicar a segurança da informação, considerando três dimensões:
Dimensão 1 – Princípios fundamentais
Confidencialidade – Apenas pessoas autorizadas devem ter acesso.
Integridade – Garantir que os dados não sejam alterados indevidamente.
Disponibilidade – Sistemas e dados devem estar acessíveis quando necessário.
Dimensão 2 – Estados da informação
Em armazenamento (dados em repouso).
Em trânsito (dados sendo transmitidos).
Em processamento (dados em uso).
Dimensão 3 – Medidas de proteção
Tecnologia (firewalls, criptografia, antivírus).
Políticas (normas e diretrizes internas).
Procedimentos (treinamento, resposta a incidentes).
6️⃣ Violações de Segurança de Dados
Uma violação de dados ocorre quando informações sensíveis, protegidas ou confidenciais são acessadas, divulgadas, modificadas ou destruídas por pessoas não autorizadas.
Principais causas:
Ameaças internas (colaboradores mal-intencionados ou negligentes).
Ataques externos (phishing, ransomware, SQL Injection).
Configuração incorreta de servidores e serviços na nuvem.
Dispositivos perdidos ou roubados.
7️⃣ Consequências de Uma Violação de Segurança
As consequências podem ser financeiras, legais, reputacionais e operacionais.
Financeiras
Multas (ex.: LGPD no Brasil, GDPR na Europa).
Perda de receita por paralisação de sistemas.
Custos com recuperação e mitigação.
Legais
Processos judiciais de clientes ou parceiros.
Investigações regulatórias.
Reputacionais
Perda de confiança do cliente.
Impacto negativo na marca.
Operacionais
Paralisação de serviços críticos.
Necessidade de reconstruir infraestrutura comprometida.
💡 Dicas Práticas para Evitar Violações
Implemente MFA em todos os sistemas críticos.
Criptografe dados sensíveis, tanto em repouso quanto em trânsito.
Monitore a rede com soluções de SIEM e IDS/IPS.
Eduque colaboradores sobre phishing e engenharia social.
Realize testes de penetração periódicos.
Tenha um plano de resposta a incidentes documentado e treinado.
Segmente redes para limitar o movimento lateral de invasores.