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Abordagem Comportamental á Segurança Cibernética

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    Rodrigo Peixoto
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Segurança Baseada em Comportamento

A segurança baseada em comportamento foca em monitorar, detectar e responder a atividades anômalas, em vez de depender exclusivamente de assinaturas conhecidas de malware.

1.1 Honeypots

  • Definição: Sistemas ou serviços propositalmente vulneráveis, criados para atrair atacantes e estudar suas técnicas.

  • Objetivo:

    • Coletar inteligência sobre ameaças.

    • Detectar novos tipos de ataques.

    • Reduzir a probabilidade de ataques em sistemas críticos reais.

  • Tipos:

    • Low-interaction: Simula serviços básicos, fácil de implementar.

    • High-interaction: Simula sistemas reais, fornece informações detalhadas sobre técnicas de ataque.

1.2 Arquitetura de Solução Cisco Cyber Threat Defense

  • Componentes principais:

    • Firewalls e Next-Generation Firewalls (NGFW): Bloqueiam tráfego malicioso baseado em políticas e comportamento.

    • Intrusion Detection/Prevention Systems (IDS/IPS): Detectam e previnem intrusões em tempo real.

    • Advanced Malware Protection (AMP): Analisa comportamento de arquivos para identificar ameaças.

    • Cisco Threat Grid: Plataforma de análise de malware com sandboxing e inteligência de ameaças.

  • Abordagem: Combina monitoramento comportamental, inteligência de ameaças e prevenção ativa, reduzindo riscos antes que causem impacto.

1.3 NetFlow

  • Definição: Tecnologia que coleta e monitora informações sobre o tráfego de rede.

  • Uso:

    • Analisar padrões de tráfego para detectar atividades suspeitas.

    • Identificar ataques de DDoS, varreduras e movimentação lateral dentro da rede.


Teste de Penetração (Pentest)

O pentest é uma abordagem proativa para identificar vulnerabilidades e testar a resistência da infraestrutura de segurança.

2.1 Fases do Pentest

  1. Planejamento:

    • Definir escopo, objetivos, regras de engajamento.

    • Identificar sistemas e redes alvo.

  2. Varredura (Scanning):

    • Coleta de informações sobre sistemas, portas abertas, serviços ativos.

    • Ferramentas comuns: Nmap, Nessus, OpenVAS.

  3. Obter Acesso (Exploitation):

    • Utilização de vulnerabilidades conhecidas para ganhar acesso ao sistema.

    • Ferramentas: Metasploit, SQLmap.

  4. Manter o Acesso (Post-Exploitation):

    • Avaliação de persistência de ataque.

    • Testes de escalonamento de privilégios.

  5. Análise e Geração de Relatórios:

    • Documentar vulnerabilidades encontradas.

    • Fornecer recomendações para mitigação.


Redução do Impacto de Incidentes

Quando ocorre um incidente, a forma de resposta pode minimizar danos e fortalecer a segurança futura.

3.1 Boas Práticas

  1. Comunicar o problema imediatamente:

    • Alerta rápido para equipes e partes interessadas.
  2. Ser sincero e responsável:

    • Transparência evita perda de confiança e facilita colaboração.
  3. Fornecer detalhes completos:

    • Logs, screenshots, fluxos de eventos e impacto estimado.
  4. Encontrar a causa raiz:

    • Análise detalhada do incidente para prevenir reincidência.
  5. Aplicar lições aprendidas:

    • Atualizar políticas, procedimentos e treinamento de equipe.
  6. Verificar e verificar novamente:

    • Garantir que a vulnerabilidade foi completamente mitigada.
  7. Educar:

    • Treinamento contínuo para evitar erros humanos futuros.

Gerenciamento de Risco

O gerenciamento de risco é um processo estruturado de identificação, avaliação e mitigação de riscos, essencial para qualquer estratégia de segurança.

4.1 Etapas do Gerenciamento de Risco

  1. Definir o risco:

    • Identificar ameaças potenciais, vulnerabilidades e impactos.
  2. Classificar o risco:

    • Avaliar probabilidade x impacto.

    • Exemplo: Risco alto, médio ou baixo.

  3. Responder ao risco:

    • Aceitar: Quando impacto é tolerável.

    • Mitigar: Implementar controles para reduzir impacto/probabilidade.

    • Transferir: Contratar seguro ou terceirizar controle.

    • Evitar: Remover atividades que geram risco.

  4. Monitorar o risco:

    • Revisar periodicamente controles e riscos emergentes.

    • Ajustar estratégias conforme novas ameaças surgem.


Resumo e Recomendações

  • A abordagem comportamental complementa as medidas tradicionais de segurança, detectando ameaças antes que causem danos.

  • Testes de penetração são essenciais para validar a eficácia da defesa.

  • Redução de impacto depende de comunicação, responsabilidade e aprendizado contínuo.

  • Gerenciamento de risco organiza e prioriza esforços, permitindo decisões informadas.

  • Dica prática: Integrar tecnologia, processos e comportamento humano aumenta exponencialmente a resiliência cibernética.